quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

o mundo virtual tambem precisa de limites

Educação
O mundo virtual também precisa de limites
A Internet é um local onde as crianças encontram ampla oportunidade educacional, pesquisam os mais diversos assuntos, entram em contato com as diversidades do mundo, se divertem ou simplesmente relaxam. O que os pais precisam saber é que igual ao mundo real, no virtual também existem perigos para a criançada.
Crianças não têm capacidade de julgar o suficiente para determinar o que é bom ou ruim para elas e são facilmente enganadas por informações ou pessoas falsas, passando seus dados pessoais via Internet. O vício pela Internet interfere diretamente naquilo que os avós e pais certamente tiveram na infância: a liberdade para brincar nas ruas e fazer amizades através de relações pessoais, e não à distancia.
Nesse momento, os pais exercem papel fundamental na educação dos filhos em relação ao mundo idealizado do computador. Crianças menores de 10 anos não devem navegar sozinhas. O ideal é que os menores estejam sempre acompanhados de um adulto para orientação do certo e do errado.
Não que a Internet seja um bicho-papão. Ao contrário. A garotada da fase pré-escolar pode usufruir a diversidade de sons, imagens e cores que a Internet proporciona. Sempre esteja com a criança mostrando fotos da família, visitando sites infantis e já ensinando regras de segurança como o de não passar seu nome para alguém ou site que peça qualquer tipo de informação pessoal. Incentive a chamá-lo quando algo diferente acontecer.
Fases - Aos 6 anos, a criança já quer explorar o computador sozinho e experimentar suas novas habilidades como leitura e atividades motoras. Existem páginas feitas especialmente para o público infantil, com ferramentas de pesquisa próprias para a idade. Nunca deixe de monitorar e ajudar.
As crianças de 7 ou 8 anos geralmente despertam o interesse pelas salas de bate papo ou por sites que seus amigos navegam. Permita que tenha um endereço de email compartilhado com a família, ensine a consultá-lo antes de fazer algum download ou fornecer qualquer tipo de informação. Nesta idade é bom fazer em conjunto com a criança uma lista de regras de uso da Internet e deixar do lado do computador.
Esta lista deve conter alguns itens importantes, tais como o que seus filhos podem fazer na Internet e quanto tempo ficar, como proteger senhas e informações pessoais, como agir em salas de bate papo e com pessoas que o incomodarem. Se a criança tiver alguma dúvida, é importante conversar com os pais e não encontrar pessoas que conheçam na Internet sem permissão deles.
Proteção dos pais - Mantenha o computador conectado à Internet em um local de uso comum na casa para que você possa supervisionar com facilidade as atividades online de seus filhos e compartilhar dessa experiência com eles.
Além do acompanhamento dos pais, existem ferramentas de filtragens que barram o acesso das crianças a sites proibidos cadastrados e atualizados pelo fornecedor do software e também pelos pais.
Dessa forma, as crianças aprenderão a lidar de maneira concreta com o que é mau sem deixar de saber que existem sites de pornografia, drogas ou violência. Serão crianças bem seletivas e não se deixarão levar pelas oportunidades falsas.
Mostrar o grande volume de informações disponíveis com o clique de um botão é possibilitar a absorção de conhecimento adequado pela criança, mas sempre com a participação dos pais. O mundo virtual deve fazer parte da vida da família assim como o mundo real.
Bruno Thadeu

noções de educação a distancia

A educação a distância é um recurso de incalculável importância como modo apropriado para atender a grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da clientela atendida.
A escolha da modalidade da educação a distância, como meio de dotar as instituições educacionais de condições para atender às novas demandas por ensino e treinamento ágil, célere e qualitativamente superior, tem por base a compreensão de que, a partir dos anos sessenta, a educação a distância começou a distinguir­se como uma modalidade não­convencional de educação, capaz de atender com grande perspectiva de eficiência, eficácia e qualidade aos anseios de universalização do ensino e, também, como meio apropriado à permanente atualização dos conhecimentos gerados de forma cada mais intensa pela ciência e cultura humana.
A educação a distância não surgiu no vácuo (Keegan 1991,11), tem uma longa história de experimentações, sucessos e fracassos. Sua origem recente, já longe das cartas de Platão e das epístolas de São Paulo, está nas experiências de educação por correspondência iniciadas no final do século XVIII e com largo desenvolvimento a partir de meados do século XIX (chegando aos dias de hoje a utilizar multimeios que vão desde os impressos à simuladores on­line, em redes de computadores, avançando em direção da comunicação instantânea de dados voz­imagem via satélite ou por cabos de fibra ótica, com aplicação de formas de grande interação entre o aluno e o centro produtor, quer utilizando-se de inteligência artificial-IA, ou mesmo de comunicação instantânea com professores e monitores).
Do início do século XX, até a Segunda Guerra Mundial, várias experiências foram adotadas desenvolvendo­se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por correspondência que, depois, foram fortemente influenciadas pela introdução de novos meios de comunicação de massa, principalmente o rádio, dando origem a projetos muito importantes, principalmente no meio rural.
A necessidade de capacitação rápida de recrutas norte­americanos durante a ll Guerra Mundial faz aparecerem novos métodos (entre eles se destacam as experiências de F.Keller para o ensino da recepção do Código Morse, v. Keller, 1943) que logo serão utilizados, em tempos de paz, para a integração social dos atingidos pela guerra e para o desenvolvimento de capacidades laborais novas nas populações que migram em grande quantidade do campo para as cidades da Europa em reconstrução.
No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio­Monitor, em 1939, e depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, várias experiências foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso (Guaranys; Castro, 1979, 18). Entretanto, em nossa cultura chama a atenção um traço constante nessa área: descontinuidade dos projetos, principalmente os governamentais.
Entre as primeiras experiências de maior destaque encontra­se certamente, a criação do Movimento de Educação de Base­MEB, cuja preocupação básica era alfabetizar e apoiar os primeiros passos da educação de milhares de jovens e adultos através das "escolas radiofônicas", principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Desde seus primeiros momentos, o MEB distinguiu­se pela utilização do rádio e montagem de uma perspectiva de sistema articulado de ensino com as classes populares. Porém, a repressão política que se seguiu ao golpe de 1964 desmantelou o projeto inicial, fazendo com que a proposta e os ideais de educação popular de massa daquela instituição fossem abandonados.
Mas o verdadeiro salto dá­se a partir de meados dos anos 60 com a institucionalização de várias ações nos campos da educação secundária e superior, começando pela Europa (França e Inglaterra) e se expandindo aos demais continentes. Walter Perry e Greville Rumble (1987,4) citam as experiências que mais se destacaram. Em nível do ensino secundário: Hermods­NKI Skolen, na Suécia; Radio ECCA, na llhas Canárias; Air Correspondence High School, na Coréia do Sul; Schools of the Air; na Austrália; Telesecundária, no México; e National Extension College, no Reino Unido. Em nível universitário: Open University, no Reino Unido; FernUniversitat, na Alemanha; Indira Gandhi National Open University, na India; Universidade Estatal a Distância, na Costa Rica. As quais podemos acrescentar a Universidade Nacional Aberta, da Venezuela; Universidade Nacional de Educação a Distância, da Espanha; o Sistema de Educação a Distância, da Colômbia; a Universidade de Athabasca, no Canadá; a Universidade para Todos os Homens e as 28 universidades locais por televisão na China Popular, entre muitas outras. Atualmente mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a educação a distância em todos os níveis de ensino, em sistemas formais e não­formais de ensino, atendendo a milhões de estudantes. A educação a distância tem sido largamente usada para treinamento e aperfeiçoamento de professores em serviço, como é o caso do México, Tanzania, Nigéria, Angola e Moçambique. Programas não­formais de ensino têm sido utilizados em larga escala para adultos nas áreas de saúde, agricultura e previdência social, tanto pela iniciativa privada como pela governamental. Hoje é crescente o número de instituições e empresas que desenvolvem programas de treinamento de recursos humanos através da modalidade da educação a distância. Na Alemanha, em que pese reclamações empresariais com respeito ao alto custo da mão­de­obra, o elevado índice de produtividade do trabalho está relacionado diretamente aos investimentos em treinamento e reciclagem. Na Europa, de forma acelerada se investe em educação a distância para o treinamento de pessoal na área financeira, representando o investimento em treinamento maior produtividade e redução de custos na ponta (Nunes, 1992a). Nos Estados Unidos, no programa do novo governo, que tomou posse em janeiro de 1993, ganha destaque o investimento em formação e treinamento de pessoal, o que irá certamente gerar significativo impulso à educação a distância naquele país.
As experiências brasileiras, governamentais, não­governamentais e privadas, são muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de técnicos e recursos financeiros nada desprezíveis. Contudo, seus resultados não foram ainda suficientes para gerar um processo de irreversibilidade na aceitação governamental e social da modalidade de educação a distância no Brasil. Os principais motivos disto são a descontinuidade de projetos, a falta de memória administrativa pública brasileira e certo receio em adotar procedimentos rigorosos e científicos de avaliação dos programas e projetos.